DO FREUD EXPLICA, AO FREUD IMPLICA
- Claudemir Arruda Filho
- 6 de mai.
- 1 min de leitura
Neste 6 de maio, celebramos o legado de Sigmund Freud e a potência transformadora da psicanálise — uma jornada de escuta, descoberta e cuidado com aquilo que pulsa nas entrelinhas do sujeito. Que o pensamento freudiano continue nos inspirando a atravessar o inconsciente e a cultivar o desejo em sua forma mais autêntica.
Na clínica psicanalítica, o paciente é como um bonsai: uma árvore pequena apenas na aparência, mas com raízes profundas que atravessam camadas de tempo, memória e desejo. Freud nos ensinou que, sob a superfície do eu consciente (assim como sob a copa aparada do bonsai), existem forças inconscientes, pulsões e conflitos que moldam a forma do sujeito.
O trabalho analítico não consiste em forçar a planta a crescer de um jeito imposto, mas em escutar suas linhas naturais, entender onde o recalque endureceu os galhos, onde os nós das repetições inconscientes impedem o fluxo e, com cuidado, abrir espaço para que o desejo encontre novas vias. Assim como o mestre do bonsai não cria a árvore, mas revela sua essência, o analista não oferece respostas prontas: ele acompanha o paciente no desvelar do que já pulsa dentro dele, esperando por palavra, por interpretação e por transformação.
A psicanálise não oferece soluções rápidas nem cortes apressados. Juntos, vamos descobrir quais galhos precisam de alívio, quais nós podem ser desfeitos e por quais caminhos o seu desejo pode te levar.








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